Artigos

Segunda - 17/03/2008 às 19:52

QUATRO BÊNÇÃOS DA CONFISSÃO


QUATRO BÊNÇÃOS DA CONFISSÃO

Evangelista Eliel Goulart

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” – Provérbios 28 : 13.
Quando proponho refletir sobre quatro bênçãos da confissão, refiro-me à acepção de alguém  reconhecer a culpa ou a acusação de culpa que lhe é imputada. ‘Confissão’ é uma palavra plurívoca, ou seja, com várias derivações, podendo significar o credo religioso, ou como termo jurídico, ou até uma obra literária, ou podemos usá-la ainda por metáfora ou metonímia  Mas o que nos interessa aqui, em termos de sermos vivificados, é a confissão de culpa do pecado cometido. Pecamos, em última análise, sempre contra Deus. Myer Pearlman escreve de maneira única sobre o pecado: “Há uma massa negra de pecados em nosso subconsciente que nosso olhar não percebe, mas que Deus vê”. O salmista Davi aprendeu isso e exclamou: “Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos” –Salmo 19 : 12 – Erramos por fraqueza das emoções, da nossa vontade, por fraqueza da consciência, dos desejos, das ações – mas tudo isso é pecado.  Erramos por não perceber, por não considerar, por descuido, ou seja, em ignorância – mas tudo isso é pecado! Também erramos deliberadamente, contra todos os apelos da consciência cristal, escolhemos pecar, até contra a atuação do Espírito Santo no íntimo – e isso é transgressão! Para o nosso Deus tudo isso é real! Se o irmão considera-se um crente sincero, ainda que esteja em fraqueza, vamos meditar juntos sobre quatro bênçãos da confissão:
Primeiro bênção da confissão – reconciliação – é refazer a paz com alguém. Jacó retorna à sua terra, e envia mensageiros à frente de sua comitiva, para tentar uma reconciliação com Esaú, seu irmão, a quem enganou fraudulentamente no passado. Jacó era esperto e agia com astúcia. Porém, sabia que o tempo não apaga, por si mesmo, um pecado. Meu amado, deixar as semanas passarem, como se o tempo curasse a ofensa, é agir contra este princípio da Palavra de Deus – o da confissão – e perder a bênção da amizade com Deus e como o ofendido. Jacó sentiu medo e angústia. O culpado sempre pensa demais, preocupa-se demais, planeja demais, querendo com isso contornar o pecado não confessado. Mas este o encontra. “Eu o aplacarei com o presente que vai diante de mim e, depois, verei a sua face; porventura aceitará a minha face”. Gênesis 32 : 20 . Porém, o que os olhos de Jacó viram foi Esaú vindo contra ele com quatrocentos homens! E finalmente deixou-se nas mãos do divino Oleiro, único lugar seguro onde podemos ser quebrados – “Como o vaso que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer”- Jeremias 18 : 4. Jacó lutou com Deus no vau de Jaboque, e fez a confissão que lhe trouxe a bênção da reconciliação com Deus e com seu irmão Esaú: “Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. ( o vaso que devia ser quebrado !) . Então, disse: Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel...” ( o novo vaso, conforme a vontade do Senhor! ). Eis a bênção advinda dessa confissão “Eu sou Jacó”: encontrou-se com seu irmão em abraços e choros, e de inimigo mortal, seu irmão queria até protegê-lo pelo caminho da longa viagem! É assim que Deus faz: “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos...”- Salmo 23 : 5. E Jacó teve amizade com Deus: “Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva”. Aleluia!
Segunda bênção da confissão – prosperidade – no Antigo Testamento, aprendemos que tal palavra em hebraico é ‘tiçaleah’, significando ‘alcançar sucesso’, inclusive.  Você que ter sucesso na vida espiritual, material e física? Todos nós queremos ter sucesso, ser bem sucedidos nos empreendimentos, ser feliz! O salmista Davi ensinou o caminho da prosperidade, com um Masquil, ou seja, um salmo de instrução, de ensino – o Salmo 32: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto”- observe que a questão é de cobertura do pecado. Encobrir é ato errado, que agrava a situação, trazendo  vergonha e prejuízo, por vezes, conseqüências eternas – é loucura inominável morrer encobrindo pecado! Creia no poder expiador do sangue de Jesus, no poder de cobertura do sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e da sua vida também! Pense nisto! É uma cobertura justificadora, como se nunca tivéssemos cometido pecado! Oh! Como o Senhor é bom!  Não confessar, calar-se sobre a transgressão, traz consigo problemas físicos também: “Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio”.- Salmo 32 : 3 e 4. Compare a história de João Marcos – filho de uma mãe crente, em cuja casa havia reuniões de oração – Atos 12 : 12 – e ele teve o privilégio glorioso de acompanhar a Barnabé e Paulo, chamados pelo Espírito Santo e enviados à primeira viagem missionária – Atos 12 : 2, 4 e 5 – porém, no decurso da viagem evangelística, decidiu voltar para Jerusalém, não continuando com os obreiros valorosos! – Atos 13 : 13 – Dez anos não se menciona o nome de João Marcos, deduzindo-se afastado da vida da Igreja. Nós o encontramos mencionado por Pedro – que também experienciou difícil condição de pecar e a bênção de confessar – em Iª Pedro 5 : 13 – ‘e meu filho Marcos’. Será que João Marcos ouviu de Pedro a tristeza de seu ato pecaminoso e traiçoeiro contra o Senhor Jesus, e de como o Senhor tratou com ele em misericórdia, quebrantado pela confissão? João 21 : 15 a 17. João Marcos voltou! Na segunda viagem missionária de Paulo e Barnabé, o irmão Paulo considerou razoável não levar a Marcos, que se mostrou inconstante. Ele desanimou? Não! Mais tarde, Paulo faz as seguintes referências ao jovem João Marcos: “...e Marcos ( dizendo que ele estava saudando os irmãos de Colossos, portanto, agora está usufruindo da companhia de Paulo! Aleluia! ) o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o’. – Colossenses 4 : 10 – agora, Paulo assinava sua carta de recomendação! “Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores”- Filemon versículo 24 – agora, era cooperador do maior doutrinador do Evangelho! E, finalmente, pouco antes de partir e estar com o Senhor, Paulo solicita a companhia de Marcos – era agora desejado! – e finda com uma declaração de ouro sobre o ministério de João Marcos – “Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério”- 2ª Timóteo 4 : 11 – A confissão traz sucesso! Para o jovem João Marcos, reconciliação, amizade com dois grandes homens de Deus, Paulo e Pedro – e ainda, no acréscimo de misericórdia do Senhor – teve a oportunidade incomparável de ser usado pelo Espírito Santo e escrever o Evangelho Segundo São Marcos! Aleluia!  A confissão traz sucesso e confirma a prosperidade!

> Pastor Eliel Goulart



Comentario Enviado com Sucesso!
Fechar